🚀
PIX Automático: 1 mês desde o lançamento e já temos milhares pagamentos automatizados!Saiba mais

Open Finance PJ: avanços, entraves e por que as PMEs estão puxando a adoção

Open Finance
Tecnologia

O Open Finance para empresas (PJ) está avançando mais rápido do que parece. O Banco Central vem incluindo temas de PJ nas pautas prioritárias desde 2023, especialmente no que diz respeito à autenticação em ambientes de múltipla alçada — um dos maiores obstáculos atuais para empresas de grande porte, já que cada banco trata esse fluxo de forma diferente e isso cria travas para quem precisa que vários gestores aprovem o consentimento.

Esses temas são discutidos no GT de Engajamento PJ, onde o mercado compartilha, de forma contínua, como os fluxos funcionam hoje e quais pontos da experiência ainda precisam de ajustes.

Mas, apesar do progresso, ainda há entraves técnicos e operacionais importantes — e eles aparecem de formas diferentes para cada porte de empresa.


Os entraves: dados inconsistentes e jornada difícil

→ Dados bancários que não conversam entre si

Ainda existem diferenças entre o que aparece no extrato do banco e o que é enviado via Open Finance. Exemplos comuns incluem transações duplicadas, lançamentos que somem ou mudam no dia seguinte e divergências sutis entre o extrato exibido ao usuário e o entregue pela API.

Isso afeta diretamente tesouraria, contabilidade e ERPs, que precisam garantir que o dado usado internamente realmente confere com o saldo real da empresa.

A Pluggy ajuda a mitigar esse cenário de dois lados:

  • sendo ativa no reporte de erros e anomalias aos participantes do Open Finance;
  • usando algoritmos de normalização que identificam e corrigem inconsistências;
  • e facilitando para o ERP a detecção dessas anomalias pela própria arquitetura de API, que entrega tudo já consolidado e padronizado.

→ Experiência de consentimento com fricção

A jornada de compartilhamento ainda depende do fluxo de cada banco — e muitos deles exigem redirecionamentos múltiplos, token físico ou reinício de autenticação. No caso de empresas com múltipla alçada, cada banco implementa esse processo de um jeito diferente, o que aumenta ainda mais o atrito e gera uma experiência desigual para o usuário.

Esse é um ponto crítico especialmente para empresas de grande porte.


O Open Finance funciona melhor para PMEs do que para grandes empresas

Para PMEs, o Open Finance já entrega valor imediato

Por quê?

  • normalmente há um único sócio ou poucos aprovadores → consentimento rápido;
  • a jornada é simples → menos chance de erro;
  • e os ganhos aparecem direto no operacional: conciliação automática, dados limpos no ERP e visão consolidada de caixa.

Uma PME com contas em três bancos, por exemplo, deixa de baixar três OFXs todos os dias e passa a receber o extrato consolidado automaticamente a cada atualização do banco.


Para grandes empresas, o atrito ainda impede a adoção

Empresas grandes têm múltiplas alçadas de aprovação. Cada gestor precisa passar pelo consentimento — e como não existe um padrão entre bancos, o fluxo pode exigir ligações internas, coordenação de agenda e tentativas repetidas até dar certo.

Além disso, muitos ERPs e FMSs mais antigos têm menor apetite por inovação e ainda dependem de estruturas legadas de troca de arquivos. Mesmo quando a empresa quer avançar para uma infraestrutura mais dinâmica como o Open Finance, esbarra na fricção de sistemas que não foram desenhados para interoperabilidade.

O resultado:

  • consentimento lento;
  • alto atrito;
  • e uma percepção negativa sobre o processo.

O potencial é claro — automatizar conciliações que hoje consomem horas — mas a barreira de entrada ainda é alta.


Casos de uso que já fazem diferença para PMEs

O Open Finance começa a resolver dores reais das empresas menores:

  • conciliação que deixa de levar horas e passa a levar minutos por dia;
  • redução de erros operacionais, já que a conciliação automática elimina divergências manuais;
  • visão centralizada do caixa em diferentes instituições;
  • integração mais eficiente com o ERP.

A API da Pluggy envia cada transação já categorizada e normalizada, eliminando divergências entre instituições e reduzindo drasticamente o esforço manual do time financeiro.


O papel da Pluggy na evolução do Open Finance PJ

A Pluggy não espera o Open Finance “maturar” — ela ajuda a construir esse caminho todos os dias.

→ Participação ativa nas associações do Open Finance

A Pluggy integra grupos que discutem Engajamento PJ e enviam propostas que ajudam a melhorar a jornada empresarial.

→ Experiência real antes da regulação

Desde 2020, a Pluggy trabalha com conectores diretos para contas PJ.

Essa vivência permitiu desenvolver um motor de normalização robusto que cruza múltiplas fontes, reconstrói o extrato e entrega um modelo único — mesmo quando o banco envia lançamentos incompletos, divergentes ou corrigidos em D+1.

O resultado é simples de visualizar: o ERP passa a operar com uma base de dados coerente, atualizada e consistente, sem precisar lidar com as falhas naturais do ecossistema bancário.


Para onde vamos

Para os próximos anos, a direção é clara:

  • fluxos de consentimento mais estáveis;
  • padronização crescente entre bancos;
  • novos regimes de dados entrando na jornada;
  • e uma transformação estrutural no papel dos ERPs e FMSs.

Estamos caminhando para um mundo em que todo ERP é, na prática, uma fintech — com total interoperabilidade com o sistema financeiro.

Essa é a visão da Pluggy: permitir que qualquer ERP ajude sua base de clientes a operar com dados financeiros confiáveis, atualizados e automatizados, elevando sua capacidade de gestão e abrindo caminhos de monetização antes restritos às instituições financeiras.

Isso muda tudo para o ERP — da experiência que entrega ao cliente ao espaço que pode ocupar no mercado.


Conclusão

O Open Finance PJ vive um momento de transição importante.

Ainda há barreiras, mas ele já entrega valor concreto para quem precisa automatizar o financeiro — especialmente as PMEs.

À medida que o regulador avança e que a experiência melhora, os ERPs e as empresas vão deixar de operar em um mundo fragmentado para atuar dentro de um sistema realmente conectado.

E a Pluggy seguirá contribuindo ativamente para essa evolução — criando a base para um ecossistema em que os dados bancários PJ são confiáveis, padronizados e prontos para virar automação real no dia a dia das empresas.

Postado por

Victor Braga